Depois da febre Walt Disney de princesas destemidas – vide “Branca de Neve e o Caçado”, “Espelho, Espelho Meu” e “Valente” -, eis que agora a ordem é apresentar a história de vida/espetáculo de senhoras que não nasceram realeza, mas que, em um passe de mágica (o também chamado de casamento), ganharam o título, a fama e os problemas.
“Grace of Monaco” (Oliver Dahan, “Piaf – Um hino ao amor”) e “Diana” (Oliver Hirschbiegel, “Invasores”) se propõe a contar recortes das histórias das princesas Grace Kelly e Diana. Mulheres de biografias indiscutivelmente fascinantes e amadamente fashion.
Além de talento é preciso ter a sorte de saber o limite entre o relevante/interessante e o circo. Os filhos de Kelly, Alberto II, Caroline e Stephanie de Mônaco, não gostaram do que viram e declararam em nota ofical: “Para nós, este filme não constitui uma obra biográfica, mas apenas um retrato de parte da sua vida, com uma glamourização sem sentido, erros históricos assim como cenas puramente fictícias”. Sobre as “imprecisões históricas, o diretor rebateu dizendo não ser um biógrafo, mas um artista.
Mas vamos ao que nos interessa: aproveitar a oportunidade para falar sobe o que vestiram as princesas, que no mesmo no auge dos dramas e fofocas nunca perderam o estilo. Mulheres que, se não fosse à inesgotável curiosidade sobre suas intimidades, não duvidaríamos de o quanto eram felizes. Sempre muito bem produzidas, suas escolhas ainda fazem sentido para quem aprecia o bom gosto. A boa notícia é que o figurino de ambas as produções parecem estar à altura de suas majestades.
Nossa história começa em Mônaco, onde viveu e brilhou a atriz Grace Kelly (“Janela Indiscreta”, “Disque M para Matar” e “Ladrão de Casaca”), esposa do príncipe Rainier.
O visual “Grace Kelly”, que pode ser resumido em peças-chave do closet da princesa, que, sim, repetia roupas: vestidinhos acinturados, tailleurs bem desenhados, camisas masculinas e, à noite, longos de chiffon. Sem esquecer sua bolsa Hermès, modelos rebatizado com seu nome.
Teaser do filme
Sinopse:
A história gira em torno de uma disputa política entre França e Mônaco, em 1962. À época, o líder francês Charles De Gaulle se mostrava muito incomodado com o fato do principado ter se tornado um paraíso fiscal e chegou a dar um prazo de seis meses para que o príncipe de Mônaco Rainer III modificasse sua legislação tarifária. Aos 33 anos e sem mais atuar como atriz, a princesa Grace Kelly usou todo seu prestígio nos bastidores para evitar que o confronto fosse ainda maior.